Tuesday, May 31, 2011

GEAB nº 55: Confirmação de alerta máximo para o 2º semestre de 2011 :Prova Final

Fusão explosiva entre a desarticulação geopolítica e a crise económica-financeira mundial

Desde há mais de um ano, o LEAP/E2020 identificou o segundo semestre de 2011 como um novo momento decisivo na evolução da crise sistémica global. À imagem da nossa antecipação de Fevereiro de 2008, que havia previsto para Setembro desse ano uma grande comoção afectando a economia americana, nossa equipe confirma neste GEAB nº 55 que doravante estão reunidas todas as condições para que o segundo semestre de 2011 seja o teatro da fusão explosiva das duas tendências fundamentais que subjazem à crise sistémica mundial, a saber: a deslocação geopolítica global, por um lado, e a crise económica e financeiro global, por outro.

Desde há vários meses, com efeito, o mundo experimenta uma sucessão quase ininterrupta de choques geopolíticos, económicos e financeiros que segundo o LEAP/E2020 constituem os sinais precursores de um grave acontecimento traumático que analisamos neste número do GEAB.

Paralelamente, a partir deste momento o sistema internacional ultrapassou a etapa do enfraquecimento estrutural para entrar numa fase de derrocada completa em que as antigas alianças se desmoronam enquanto novas comunidades de interesse emergem muito rapidamente.

Figura 1. Finalmente, toda esperança de retomada económica mundial significativa e durável a partir de agora desvaneceu-se [1] ao passo que o endividamento do pilar ocidental, em particular dos Estados Unidos, atingiu um patamar crítico sem equivalente na História moderna [2] .

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O catalisador desta fusão explosiva será certamente o sistema monetário internacional, ou antes, o caos monetário internacional que se agravou ainda mais desde a catástrofe que atingiu o Japão em Março último e diante da incapacidade dos Estados Unidos para enfrentar a exigência da redução imediata e significativa dos seus défices imensos.

O fim da Quantitative Easing 2, símbolo e factor da fusão explosiva em preparação, representa o fim de uma época, aquele em que o “US dólar era a divisa dos Estados Unidos e o problema do resto do mundo”: a partir de Julho de 2011, o US dólar torna-se abertamente a principal ameaça que pesa sobre o resto do mundo e o problema crucial dos Estados Unidos [3] .

O Verão de 2011 vai confirmar que a Reserva Federal dos EUA perdeu a sua aposta: a economia estado-unidense de facto jamais saiu da “Muito Grande Depressão” [4] em que havia entrado em 2008 apesar dos milhões de milhões de dólares injectados [5] , como sabe igualmente a imensa maioria dos americanos [6] . Sem poder lançar (mesmo oficiosamente, através dos seus Primary Dealers, como fazia de facto enquanto o mundo não acompanhava muito atentamente o mercado do Títulos do Tesouro dos EUA), o Fed vai portanto contemplar impotente a subida das taxas de juros, a explosão do custo dos défices públicos estado-unidenses, o mergulho numa recessão económica agravada, o afundamento da cotação das bolsas e um comportamento errático do US dólar, evoluindo a curto prazo como dentes de serra, ao sabor das influências destes diferentes fenómenos, antes de cair brutalmente em 30% do seu valor como antecipámos no GEAB nº 54 [7] .

Paralelamente, a Eurolândia, os BRICs e produtores de matérias-primas vão rapidamente reforçar suas cooperações lançando uma última tentativa de salvamento das instituições internacionais saídas de Bretton Woods e do mundo dominado pelo tandem EUA/Reino Unido. Esta será a última uma vez que é ilusório imaginar Barack Obama, que não demonstrou nenhuma envergadura internacional até o presente, faça prova de uma estatura de estadista e assuma grandes riscos políticos a um ano de uma eleição presidencial.

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Barreiras, protecções, embargos à exportação, diversificação das reservas, frenesim em torno das matérias-primas, inflação em alta geral, … o mundo prepara-se para um novo choque económico, social e geopolítico.

A China acaba de anunciar que interrompeu todas as suas exportações de diesel para tentar travar uma alta do preço do carburante que recentemente provocou uma série de greves dos transportes rodoviários [8] . Que os países asiáticos que dependiam destas exportações chinesas se desenrasquem, tanto mais que o Japão agiu do mesmo modo na sequência da catástrofe de Março último!

A Rússia cessa igualmente de exportar certos produtos petrolíferos para limitar penúrias e altas de preços internos [9] , travagem de exportação que se acrescenta à dos cereais decretado já há vários meses.

Por toda a parte do mundo árabe a instabilidade continua a prevalecer sobre o pano de fundo do encarecimento dos géneros de base [10] , ao passo que as interrogações sobre a dimensão das reservas e das capacidades de produção da Arábia Saudita retornam ao primeiro plano [11] .

Nos Estados Unidos, o mais pequeno acontecimento climático que saia do habitual provoca logo riscos de penúria devido à ausência de “colchões” de segurança do sistema de abastecimento, a não ser que se recorra à contribuição dos stocks estratégicos [12] . Durante este período, a população reduz suas despesas alimentares para poder encher o reservatório dos seus carros com um galão a mais de 4 dólares [mais de US$1,06 por litro] [13] .

Figura 3. Na Europa, a diminuição da cobertura social e as medidas de austeridade extrema postas em prática no Reino Unido, na Grécia, em Portugal, na Espanha, na Irlanda, … fazem explodir o número de pobres.

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A União Europeia acaba de reforçar mais ou menos subrepticiamente seu arsenal aduaneiro para resistir às importações vindas sobretudo da Ásia. Por um lado, ela revê toda a sua panóplia de medidas de preferência alfandegária para eliminar todos os países emergentes, China, Índia e Brasil à cabeça. Por outro, aprovou discretamente no fim de 2010 uma medida que facilita a execução de medidas anti-dumping e de salvaguarda uma vez que doravante uma maioria simples bastará para aprovar uma tal proposta da Comissão ao passo que anteriormente era preciso uma maioria qualificada muitas vezes difícil de reunir [14] .

Paralelamente, os bancos centrais continuam a comprar ouro [15] , a anunciar mais ou menos claramente que diversificam a suas reservas [16] enquanto tomam medidas cada vez mais incoerentes e perigosas, aumentando as taxas para conter a inflação num contexto de economias frágeis ou em recessão, a fim de conter o afluxo de liquidez gerado pela política da Reserva Federal dos EUA [17] . Para parafrasear o título do artigo de Andy Xie, publicado no Caixin de 22/Abril/2011, “A subida da inflação enlouquece os banqueiros centrais” [18] .

Do lado americano, já se está efectivamente no surrealismo mais completo: no momento em que o país atinge níveis de endividamento insuportáveis, os dirigentes de Washington transformaram esta temática numa questão eleitoralista, como ilustra a questão do tecto de endividamento federal que será atingido a partir de 16 de Maio [19] . As comparações com os anos Clinton abundam na imprensa americana e financeira internacional, quando um problema do mesmo tipo se havia colocado sem grandes consequências. Visivelmente, uma parte importante das elites estado-unidenses e financeiras ainda não integraram o facto de que, ao contrário dos anos 90, os Estados Unidos de hoje são vistos como o “homem doente do planeta” [20] que com cada sinal de fraqueza ou de incoerência grave pode desencadear pânicos incontrolados.

Banqueiros centrais em loucura, líderes mundiais sem mapa do caminho, economias em perigo, inflação em alta, divisas em perdição, matérias-primas frenéticas, endividamento ocidental descontrolado, desemprego no mais alto nível, sociedades estressadas, … não há dúvida, a fusão explosiva de todos estes fenómenos será certamente o acontecimento marcante do segundo semestre de 2011!

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Notas:

(1) O Telegraph de 05/05/2011 apresenta uma lista interessante das 10 razões que provam que a economia mundial está novamente a afundar-se.

(2) O gráfico abaixo ilustra como, conforme recomendámos desde há mais de três anos, o cálculo dos grandes indicadores económicos descontando o efeito dólar dá uma visão do mundo muito diferente dos indicadores calculados em dólar. Assim, enquanto calculadas em dólar, as estimativas da ultrapassagem dos Estados Unidos pela China remetem para datas em 2030, 2040 e mesmo 2050, o FMI estima em 2016 … ou seja, quase hoje desde que se faça abstracção deste “padrão” que muda todos os dias!

(3) Sinal dos tempos: o Financial Times, apesar de especializado em manchetes sobre o fim do Euro desde há mais de 18 meses, publica em páginas internas (mais discretas) um artigo de 11/05/2011 intitulado “O dólar enfrenta um perigo muito mais grave que o euro”. Enquanto The Age e o Wall Street Journal de 23/04/2011 consideram que a economia estado-unidense doravante está quase na mesma situação que a da Grécia.

(4) A ilustração mais flagrante do prosseguimento desta “Muito Grande Recessão”, como a denominámos há quatro anos, é que a crise do imobiliário recomeçou mais pujante. Os preços estão em vias de ultrapassar novamente os “pisos” atingidos em 2009, mergulhando dezenas de milhões de americanos em situações económicas e financeiras dramáticas. Mesmo os mais optimistas não vêm o fim da queda antes de 2012. Ora, como já explicámos no GEAB anterior, o imobiliário é o terreno sobre o qual foi construída toda a estimativa do valor actual da economia estado-unidense. A continuação do afundamento do preço do imobiliário é a continuação da depressão económica. Fonte: MarketWatch , 09/05/2011

(5) A sociedade de análise económica Fathom calculou que os quatro principais bancos centrais mundiais (Fed, BCE, Banco do Japão e Banco da Inglaterra) injectaram directamente US$5000 mil milhões na economia mundial durante os anos 2008-2010 (isso não inclui as recentes injecções maciças japonesas pós-catástrofe, nem todas as medidas de garantia de todo género que acompanharam estas medidas). Isso representa aproximadamente 10% do PNB mundial com o resultado que se conhece: um endividamento público gigantesco, um endividamento privado que realmente não diminuiu e economias que apenas progridem ou estão novamente em recessão. Fonte: Telegraph , 26/04/2011

(6) 80% dos americanos considerm que a economia vai mal. Só 1% pensa que ela vai muito bem (eles devem trabalhar na Wall Street). Fonte: CNNMoney , 09/05/2011

(7) O fim da QE2 significa que o mercado dos Títulos do Tesouro dos EUA de facto já não tem mais compradores (uma vez que o Fed compra o essencial dos Títulos do Tesouro emitidos desde o fim de 2010 (pelo menos); o que, a propósito, torna completamente surrealistas os artigos e análises actuais sobre a colocação das emissões de Títulos do Tesouro dos EUA. É a evidência da “iliquidez” efectiva do mercado dos Títulos do Tesouro, quando a sua própria importância está condicionada ao seu estatuto de mercado mais líquido do mundo, que desempenhará o papel de transmissão entre o QE2 e a queda do dólar, pois esta situação implicará uma aceleração brutal da saída dos operadores para foram do mercado dos T-Bonds, principal activo denominado em dólares. O fenómeno provocará num primeiro momento uma necessidade agravada de dólares US, depois muito rapidamente uma oferta excessiva de dólares à venda. É o timing destes dois fenómenos que vai condicionar a evolução da divisa estado-unidense em relação às outras grandes divisas e ao ouro no decorrer do segundo semestre de 2011.

(8) Fonte: BusinessInsider , 14/05/2011

(9) Fonte: France24 , 28/04/2011

(10) A respeito disso, a informação de como o fundador da ex-sociedade de mercenários BlackWater foi recrutado pelos Emirados Árabes Unidos para constituir um exército de mercenários destinado a proteger o país de qualquer ataque externo ou tumulto interno, ilustra a instabilidade crescente das monarquias petrolíferas e o fim da confiança na protecção americana. Dito isto, confiar em mercenários ocidentais é uma grande prova de ingenuidade, ou então de desespero. Fonte: New York Times, 14/05/2011

(11) Fonte: Le Monde , 25/04/2011

(12) Último exemplo até à data: a actual cheia histórica do Mississipi. Fonte: Bloomberg , 13/05/2011

(13) Fonte: New York Times , 12/05/2011

(14) Fonte: Sidley , 28/02/2011

(15) E pode-se compreende-los. Com efeito, quando se ouve Timothy Geithner, o ministro americano das Finanças, martelar que os Estados Unidos jamais tentarão desvalorizar o dólar para ganhar uma vantagem competitiva, parece que sonhamos. Todo o mundo o escuta polidamente, considera todas as outras razões (a começar pela dívida) pelas quais os Estados Unidos estão de facto empenhados nesta desvalorização e, consequentemente, compra ouro ou diversifica suas reservas fora do dólar. Assim, os bancos centrais da Rússia, do México, da Tailândia, continuam a comprar ouro. E Hong Kong (portanto a China) lança um ataque directo ao monopólio do Comex Gold Futures lançando seus próprios contratos de quilo de ouro. Fonte: MarketWatch , 26/04/2011; Bloomberg , 04/05/2011; Zerohedge , 08/05/2011

(16) A China continua assim a desembaraçar-se suavemente dos seus títulos dos EUA e encara mesmo diversificar dois terços dos seus haveres denominados em dólares, ou seja, US$2000 mil milhões. Fontes: CNS , 29/04/2011; Zerohedge , 24/04/2011

(17) Com efeito, apesar das manipulações de toda espécie dos números do desemprego nos EUA, Ben Bernanke vê-se obrigado a constatar que é preciso continuar a sustentar artificialmente a economia estado-unidense. Seja o que for que ele diga, com o fim da QE2 e sem perspectiva crível de QE3, a economia estado-unidense vai se encontrar pela primeira vez desde há três anos sem estímulo importante como confirma Jeffrey Lacker, o presidente do Fed de Richmond. O segundo semestre vai portanto ser um teste directo do desempenho de uma “economia zumbi”, sem força de energia externa. Fontes: Bloomberg , 05/05/2011; MarketWatch , 10/05/2011

(18) Em todo caso, não todos eles pois na Ásia estão bem encaminhadas as discussões para aumentar e reforçar rapidamente os fundos e mecanismos comuns de apoio para enfrentar um novo choque comparável àquele de Setembro de 2008. Como a Eurolândia, a Ásia se desenvencilha cada vez mais do sistema financeiro americano em que se centrava no período anterior a 2008. E para além dos acordos financeiros, é toda a região, sob o impulso da China, que está em vias de se integrar e inclusive em termos de redes de transportes. Fontes: AsahiShimbun , 06/05/2011; ChinaDaily , 30/04/2011; AsahiShimbun , 06/05/2011

(19) O Tesouro americano prepara-se igualmente para um bloqueio sobre esta questão ao passo que a mesma parece querer ser utilizada pelos republicanos até à eleição de 2012. Não há dúvida que o sistema financeiro mundial se terá pronunciado antes desta data! Fontes: Christian Science Monitor , 10/05/2011; Washington Post , 27/04/2011

(20) E não são as pantominas mediáticas do tipo do assassinato de Ben Laden que vão mudar grande coisa nesta situação. A incrível confusão mediática que rodeou este episódio ilustra de facto que, mesmo no seu último terreno privilegiado, a comunicação, o grande know-how de Washington já não é senão a sombra do que foi. O único resultado durável da operação Ben Laden é que as “teorias do complot” doravante são debatidas em directo nos grandes media e que as incoerências das versões oficiais da história são acusadas de as alimentar.

'Túnel do tempo' no Senado bajula Sarney e omite caso Collor

Decoração do corredor que liga plenário a gabinetes traz painéis com fatos que marcaram história da instituição

Reinaugurado com pompa pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o "túnel do tempo" - como é chamado o corredor que liga o plenário a gabinetes de senadores - traz agora uma decoração que "reescreve" a história da Casa, omitindo fatos e bajulando o próprio Sarney.

Os painéis com os principais momentos da instituição, dos primeiros anos da independência do Brasil até o ano passado, não fazem referência, por exemplo, ao impeachment, em 1992, do então presidente da República e hoje senador Fernando Collor, e nem tampouco à cassação do ex-senador Luiz Estevão (DF), em 2001. As CPIs que marcaram a atuação da Casa também ficaram de fora.

Foto: AE

Decoração do corredor reescreve história da Casa

Com relação às propostas de maior relevância aprovadas pelo Senado, foi destacado um projeto de Sarney de 1996 que assegura tratamento gratuito aos portadores de aids. Foi omitido, porém, o avanço da proposta do então senador Nelson Carneiro (do Rio de Janeiro, falecido em 1996) que, em 1977, instituiu o divórcio no País.

José Sarney é ainda homenageado com a publicação de foto em que ele aparece jurando a Constituição, no lugar do presidente Tancredo Neves, eleitos pelo colégio eleitoral. Para Sarney, o impeachment de seu antigo desafeto e hoje aliado, Fernando Collor, "não é marcante".

"Olha, eu não posso censurar os historiadores encarregados de fazer a história, talvez esse episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil", alegou. "Mas não é tão marcante como foram os fatos que aqui estão contados, que foram os que construíram a história, e não os que de certo modo não deviam ter acontecido. O que vale é que nós temos uma Constituição, sempre nos organizamos em torno da lei", declarou.

O painel com as principais propostas aprovadas pela Casa faz referência à extensão da licença-maternidade para 180 dias, passando a ideia de se tratar de uma medida obrigatória para todas as mães, e não apenas para funcionários do serviço público, dependendo de negociação na iniciativa privada. Cita também a Lei da Ficha Limpa, decorrente de uma proposta de iniciativa popular.

fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/tunel+do+tempo+no+senado+bajula+sarney+e+omite+caso+collor/n1596989898502.html

Ig- Último Segundo

New boss at IMF


Dear ONE Member,

Don't let Europe's position as a development champion slip: lead the world by increasing spending on effective aid in the next 7-year budget.

It’s been hard to miss the news: the International Monetary Fund (IMF) is looking for a new boss (as Dominique Strauss-Kahn recently resigned). And they’re planning to fill the position very, very soon.

In the past, this job (along with the top World Bank position) has been a bit of a gentleman's agreement' between Europe and the US—so a European usually gets this top IMF job. But this time let’s make sure the IMF knows that we expect an open and merit-based process that gives everyone a fair shot at the top spot.

Add your name to the petition below:

http://www.one.org/international/actnow/imf/o.pl?id=2346-3031855-oeOHrYx&t=3

The petition reads:

Dear IMF Executive Directors,

Please run a fair, transparent and merit-based process while looking for a new head of the IMF so that the best candidate, regardless of nationality, wins this crucial job.

So why is this such a big deal? Because the IMF sets key global economic policies that impact the world’s poorest people (take debt relief, for instance). And way back in 2009, after being pressed by groups like ONE, the IMF agreed that the next head would be selected by an “open, merit-based, and transparent” process—and the US Treasury Secretary said the same. We really hope those words are true. But we’ve seen them swayed by powerful countries in the past—and the world has changed too much for history to repeat itself.

That’s why we’ve started this petition. It’s our way of letting the IMF know that we’ll be watching for an open process and that we can’t limit this search to just 1/7th of the world. As former South African Finance Minister Trevor Manuel so aptly said, this is not a time for birthright to be more important than ability. The world—and ultimately lives—could depend on it.

Let’s make sure the person who’s named to the IMF job truly represents all interests—and all corners—of the globe. Sign the petition to the IMF below:

http://www.one.org/international/actnow/imf/o.pl?id=2346-3031855-oeOHrYx&t=5

May the best candidate win!

Dr. Sipho S. Moyo
Africa Director, ONE

Monday, May 30, 2011

Todas as religiões carregam valores voltados à paz

A paz é um valor fundamental em todas as religiões, expressa a mensagem final da Convocatória Ecumênica Internacional pela Paz (CEIP), reunida em Kingston, Jamaica, de 17 a 25 de maio. “Através da intensificação do diálogo inter-religioso, temos que procurar um terreno comum para todas as religiões do mundo”, anseia.

Susan Kim
quarta-feira, 25 de maio de 2011

Os 1 mil participantes da Convocatória reconheceram que cada igreja e cada religião traz consigo uma perspectiva diferente sobre o caminhar rumo a uma paz justa. Alguns começam a partir de um ponto de vista de conversão pessoal e moral, outros sublinham a necessidade de foco de apoio mútuo e correções dentro do corpo de Cristo, enquanto outros, ainda, incentivam o compromisso das igrejas com grandes movimentos sociais e do testemunho público da igreja.

"Cada abordagem tem um mérito", defende o texto da mensagem, que foi elaborado por comissão de sete pessoas, presidida pelo bispo Ivan Abrahams, da Igreja Metodista da África do Sul. Essas abordagens não são mutuamente exclusivas. “Na verdade, são inseparáveis. Mesmo na diversidade, podemos falar numa só voz”, disse.

O documento reconhece que a igreja, muitas vezes, obstruiu o caminho para a paz justa. "Percebemos que, muitas vezes, os cristãos têm sido cúmplices de sistemas da violência, injustiça, militarismo, racismo, intolerância e discriminação. Pedimos a Deus que perdoe nossos pecados e nos transforme em agentes de justiça e defensores da paz justa."

“A mensagem final da CEIP captura apenas parte deste evento histórico", disse o pastor brasileiro Walter Altmann, moderador do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que recebeu a mensagem do encontro em nome do organismo ecumênico internacional.

"Levamos conosco muito mais do que um texto. Levamos conosco uma profunda experiência ecumênica", disse ele. "A complexidade das questões que abordamos certamente vai exigir mais trabalho, reflexão e ação."

A Convocatória marca o fim da Década para a Superação da Violência. Mas ela também é também um novo começo, frisou Altmann. "À medida que voltamos para nossos países, cada um de nós torna-se uma carta viva do encontro”, afirmou.

O secretário geral do CMI, reverendo Olav Fykse Tveit, manifestou orgulho aos participantes da CEIP, que desafiaram a si e uns aos outros a alcançarem, com determinação, novos níveis de entendimento.

"Somos chamados a ser um só em nosso testemunho", disse Tveit. "Vemos, também, que o caminho rumo a uma paz justa nos uniu. Este é um presente para todos nós e vamos usá-lo bem”, prometeu.

A participação de mais de 90 jovens na CEIP foi reconhecida durante o encerramento do evento. Sanna Eriksson, representando a Igreja da Suécia, falou em nome dos jovens participantes, que se envolveram em várias atividades e tiveram grande visibilidade.

A CEIP expressou agradecimentos aos anfitriões da Jamaica e do Caribe. O secretário-geral do Conselho de Igrejas do país, reverendo Gary Harriot, assinalou que toda a região do Caribe ficou orgulhosa e animada por sediar o evento.

"Foi muito mais do que planejar um evento. Algumas novas formas de relacionamento locais foram criadas e esperamos que permaneçam intactas mesmo após a CEIP", disse.

A mensagem final pode estar pronta, mas o trabalho da CEIP apenas começou, lembrou o moderador do comitê preparatório do encontro, Fernando Enns. "Estamos apenas começando a compreender as possibilidades que temos quando realmente respeitamos uns aos outros. A Igreja não deve apenas falar com os marginalizados. A Igreja deve ser o lugar onde os marginalizados estão", afirmou.

O texto completo da mensagem final encontra-se em www.overcomingviolence.org

Saturday, May 14, 2011

Comunidade virtual visa destravar PEC do Trabalho Escravo



Sábado, 14 de maio de 2011 - 8h18min

por Reporter Brasil
Foi lançada na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (12), a comunidade virtual Pela Aprovação da PEC 438 - Contra o Trabalho Escravo. Administrado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Casa, o novo espaço inaugurado na internet visa incentivar a participação cidadã em rede e aglutina novidades e materiais de referência sobre o tema.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438 /2001 propõe o confisco da propriedade onde houver trabalho escravo, assim como já prevê a Constituição em casos de flagrante de cultivo de plantas psicotrópicas. Desde agosto de 2004, a proposição, que já foi aprovada no Senado, está à espera de votação em segundo turno no Plenário da própria Câmara.

A comunidade faz parte do E-Democracia, novo instrumento da Câmara dos Deputados que permite que as pessoas possam tanto criar como também participar de comunidades temáticas. A plataforma está interligada às redes sociais e disponibiliza canais para fóruns de discussão, bate-papo virtual (chat), enquetes e indicações dos mais diversos conteúdos (legislação, documentários, reportagens, artigos etc.) para fomentar as discussões.

Thursday, May 12, 2011

Fatos que não nos damos conta do preço dos combustíveis


Não confirmei os valores, mas deve ser perto disso mesmo.E CREIO Q O LEVANTAMENTO É ANTIGO

Faça a releitura dos valores e veja que???

- aquele que nós chingamos, falamos mal e chamamos de ladrão, e outras coisas mais ( como reuniões para colocar mesmo valor da gasolina ( CARTEL - que às vezes acontece também).......
os donos de postos..........aquele que tem gastar , investir o seu dinheiro para o posto funcionar e ele poder lucrar ...(ou tem o risco de quebrar ) é a ponta do iceberg


mas os que ficam com o maior LUCRO ( IMPOSTO ), QUE:

- NÃO TRABALHA
- NÃO INVESTE
- NÃO PAGA HORAS EXTRA
- NÃO TE DÁ EMPREGO
- NÃO ARRISCA


OS GOVERNOS ESTADUAIS E FEDERAL

ESSE É O MAIOR CARTEL.....ICMS IGUAL EM TODOS OS ESTADOS, CADE A CONCORRENCIA????

APÓS VER OS VALORES ABAIXO VC VERÁ QUEM É O GRANDE CAPITALISTA

E QUEM RALA PRA TRABALHAR







Composição do preço gasolina ( em reais) :

Gasolina ('A') 800ml (pura, vendida pela Petrobrás) = R$ 0,80
Álcool Anidro 200 ml (os 20% misturados à gasolina) = R$ 0,24

TOTAL = R$ 1,04 / Litro
+
CIDE - PIS/COFINS (Imposto Federal) = R$ 0,44
ICMS (Imposto Estadual) = R$ 0,64
TOTAL DE IMPOSTOS (104% do Preço Bruto) = R$ 1,08

TOTAL (CUSTO + IMPOSTOS) = R$ 2,12
+
LUCRO DA DISTRIBUIDORA (Média por Litro) = R$ 0,08
FRETE (Média por Litro) = R$ 0,02
LUCRO DO POSTO (Média por Litro) = R$ 0,25

FINALIZANDO:
VALOR NA BOMBA COM IMPOSTOS = R$ 2,47
VALOR NA BOMBA SEM IMPOSTOS = R$ 1,39

Portanto, se você consome 200 litros de gasolina por mês, o bolo
fica dividido assim:

DONO DO CARRO (otário 01- Você, no caso....) GASTA: R$ 494,00
DONO DO POSTO (otário 02) GANHA: R$ 50,00
DONO DO CAMINHÃO (otário 03) GANHA: R$ 4,00
PETROBRÁS (gente boa que rala muito...) GANHA: R$ 16,00
GOVERNO (nem um pouco otário....) GANHA: R$ 216,00


Wednesday, May 11, 2011

" Lei do Caminhão de Lixo "



Um dia peguei um taxi para o aeroporto.

Estavamos rodando na faixa certa, quando de repente um carro preto saiu do estacionamento na nossa frente.

O taxista pisou no freio bruscamente, deslizou e escapou de bater em outro carro, foi por um triz!

O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós, nervosamente.

Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigavel.

Indignado lhe perguntei: Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro!

O motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo de "A Lei do Caminhão de Lixo."

Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo.

Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e desapontamento.

À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente.

Nunca tome isso como pessoal. Isto não é problema seu!

É dele!

Apenas sorria, acene, deseje-lhes sempre o bem, e vá em frente.

Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas.

Fique tranquilo... respire E DEIXE O LIXEIRO PASSAR.

O princípio disso é: Pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragarem o seu dia.

A vida é muito curta, não leve lixo com você!

Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustações.

Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem.


A vida é dez por cento do que você faz dela, e noventa por cento de como você a recebe!

Tuesday, May 10, 2011

Assassinar Bin Laden é tentativa de matar processos de mudança no mundo árabe


Segunda-feira, 9 de maio de 2011 - 18h52min

por Caros Amigos

Matar Bin Laden, ressuscitar a Al-Qaeda

Por Santiago Alba Rico, para o Rebelión

Uma das maiores surpresas nos levantes populares no mundo árabe é que eles deixaram momentaneamente fora de cena todas as forças islâmicas e, especialmente, a mais extremista Al-Qaeda - marca comercial obscura e altamente instrumentalizada para embasar ditadores, reprimir todo tipo de dissidência e desviar a atenção dos verdadeiros campos de batalha.

Com indicações de caráter geral, tais como a aspirina, Bin Laden reaparecia sempre que necessário para alimentar a "guerra ao terrorismo"; foi mantido vivo para sacudir encruzilhadas eleitorais ou justificar leis de exceção e emergência. Desta vez, a situação era grave demais para não usá-lo pela última vez, numa orgia midiática que ofusca até mesmo o casamento do príncipe William e introduz efeitos muito preocupantes no mundo todo.

Quando parecia relegada ao esquecimento, finalmente encurralada pelos próprios povos que deveriam apoiá-la, a Al-Qaeda reaparece. Um grupo de desconhecidos, em nome dessa patente, assassina Arrigoni na Palestina (pacifista italiano pró-Palestina). Dias depois, no auge dos protestos anti-monarquia no Marrocos, uma bomba explode na praça Jamaa Fna, em Marrakech. E, agora, Bin Laden reaparece, não vivo e ameaçador, mas em toda a glória do martírio adiado, estudado, cuidadosamente encenado, e um pouco improvável.

"A justiça se fez", disse Obama; mas a justiça exige tribunais e juízes, procedimentos de inquérito, e não uma sentença independente. George Bush foi mais sincero: "É a vingança dos EUA", disse ele. "É a vingança da democracia", acrescentou, e milhares de democratas estadunidenses vibraram de alegria em frente à Casa Branca, saltando com bárbara euforia sobre esqueletos.

Mas, democracia e vingança são tão incompatíveis como pedagogia e infanticídio. Os Estados Unidos gostam de linchamentos, sobretudo aqueles feitos pelo ar, sabendo que são mais poderosos do que os princípios. "O mundo está aliviado", disse Obama, mas, ao mesmo, alertou sobre "ataques violentos ao redor do mundo após a morte de Bin Laden". Atenção?! Alerta?! Promessa?! Que alívio pode produzir um assassinato que, declaradamente, ao mesmo tempo ameaça aqueles que, presumivelmente, se quer salvar?

Este era o momento. A Al-Qaeda volta a dominar a cena; a Al-Qaeda volta para saturar o imaginário ocidental. Enquanto o suposto cadáver de Bin Laden é lançado ao mar, Bin Laden assume, de forma fantasmagórica, todas as lutas e todo o desejo de justiça. Será cumprida a profecia de Obama: haverá ataques violentos por todos os lados e o mundo árabe-muçulmano voltará a ser um apanhado de fanatismos e decapitações, querendo ou não suas populações. Entre democracia e barbárie, é evidente que os EUA não têm dúvida: a barbárie se ajusta muito melhor ao "American Dream" (“sonho americano”) e, claro, ao delírio de Israel.

Nós não sabemos se realmente assassinaram Bin Laden; o que fica claro é que o esforço para ressuscitar a todo o custo a Al-Qaeda pretende matar os processos de mudança que começaram há quatro meses no mundo árabe.

"Is not Bin Laden, is my neighbohr"

“Não é o Bin Laden, é o meu vizinho”

Orla Guerin, jornalista da BBC foi a Abbottabad para entrevistar as pessoas sobre a suposta morte de Bin Laden … todos testemunharam que é uma farsa, nada disso aconteceu. Um deles chegou a conhecer o famoso personagem do vídeo em frente à TV: É o seu vizinho Akbarchan …

Repito a minha pergunta: Porquê que as suas mentiras estão cada vez mais flagrantes, os encenamentos cada vez piores? Com que finalidade?
Nem a BBC acredita! Isto é Grave!


Monday, May 09, 2011

Polícia do Senado tenta expulsar Danilo Gentili



Policiais do Senado tentaram nesta quarta-feira expulsar uma equipe do programa humorístico CQC, da TV Bandeirantes, depois que o repórter Danilo Gentili abordou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) nos corredores da Casa.

O repórter, um cinegrafista e um produtor foram convidados a se retirar do Senado depois que perguntaram a Renan se a sua indicação para o Conselho de Ética da Casa é semelhante à escolha do traficante Fernandinho Beira-Mar para o Ministério de Combate às Drogas.

"Ele nos deu uma ordem de expulsão, aí ficamos em um gabinete para não ter que sair do Senado. Um dos seguranças chegou a dizer que estava constrangido porque sabia que nós temos credenciais para circular livremente pela Casa", disse Gentili.

Depois da ameaça de expulsão, o grupo voltou a realizar gravações nas dependências do Senado sem ser novamente abordado pelos policiais.

A Polícia Legislativa do Senado confirmou à Folha que pediu para o grupo se retirar da Casa por não ter credenciais de imprensa que permitem a livre circulação nas dependências da instituição.

"Eles não têm autorização para circular. Se tivessem, nós não teríamos abordado. Eles deram entrada com o pedido [de autorização], mas ele ainda não saiu. Se insistiram nisso, estão descumprindo uma ordem da Casa", disse o diretor da Polícia do Senado, Pedro Araújo Carvalho.

Entre os parlamentares abordados pelo grupo, está o senador Roberto Requião (PMB-PR) --que na semana passada arrancou o gravador de um repórter da Rádio Bandeirantes depois de se irritar com a sua pergunta.

Fonte: Folha

Thursday, May 05, 2011

Deputados pedem arquivamento da ação contra Jaqueline Roriz

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA


Alvo de processo por quebra de decoro parlamentar, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) ganhou dois defensores na reunião desta quarta-feira do Conselho de Ética da Câmara.

Os deputados Mauro Lopes (PMDB-MG) e Wladimir Costa (PMDB-PA) pediram o arquivamento do processo.

Conselho de Ética receberá perícia do vídeo de Jaqueline Roriz

A justificativa é que as irregularidades que teriam sido cometidas pela deputada ocorreram antes de ela ter sido eleita para a Câmara.

Alan Marques - 06.abr/Folhapress
A deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi filmada aceitando dinheiro do delator do mensalão do DEM
A deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi filmada aceitando dinheiro do delator do mensalão do DEM

Jaqueline Roriz foi filmada por Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM, recebendo dinheiro de suposta propina.

Segundo Durval, ele fez mais de um repasse financeiro a ela, sendo que no vídeo ela apareceria recebendo R$ 50 mil. A deputada diz que se trata de dinheiro de campanha não contabilizado (caixa dois).

Para Lopes, o caso de Jaqueline tem que ser analisado pela Justiça e pela polícia.

Ele disse que analisou o material entregue pela defesa. "Isso é caso de polícia e do Judiciário. Isso é usurpação de competência. Decoro é no exercício do mandato, ela não era nada em 2006".

A deputada também é acusada de usar parte de sua verba indenizatória para pagar despesas de uma sala comercial cuja propriedade é do marido, Manoel Neto.

Hoje, o conselho aprovou requerimento convidando Manoel a prestar depoimento. Ele aparece ao lado de Jaqueline no vídeo recebendo dinheiro de Durval.

Wednesday, May 04, 2011

Mataram a Osama Bin Laden? Stella Calloni


"América pode fazer o que quiser. Essa é a história de nosso país. Somos uma nação sob Deus, indivisível com liberdade e justiça para todos", essa foi a mensagem fundamentalista do presidente Barack Obama, ao anunciar que Osama Bin Laden havia sido assassinado por tropas estadunidenses que atuaram sem prévia autorização do governo do Paquistão, o país onde realizaram sua operação ilegal.

A sigilosa operação, que demandou mobilizar helicópteros e tropas, foi realizada na localidade de Abbottabad, uns 50 km da capital paquistanesa, segundo explicou o presidente Obama e precisou que havia durado 40 minutos e que morreram quatro pessoas, dois colaboradores de Bin Laden e um filho do líder fundamentalista.

Obama também havia dito que suas tropas tinham o cadáver que, segundo os informes, registrava um balaço na cabeça -tiro de graça- e que havia detido duas mulheres e alguns de seus filhos que, que, possivelmente, ninguém sabe onde estão, como os detidos-desaparecidos em Guantanamo ou em qualquer de suas prisões secretas, que conformam uma das maiores violações aos direitos humanos.

Porém, nessa "manhã, meios estadunidenses anunciaram que o cadáver de Bin Laden ‘foi jogado ao mar', assinalando que" a Operação levada a cabo por um comando especializado, foi planejada e realizada no maior segredo e o governo paquistanês não foi informado até depois de que o mesmo tivesse acontecido" (Telam, 3 de maio de 2011 e outras agências).

"O corpo do chefe de Al Qaeda foi retirado da residência em um helicóptero e sepultado em alto mar, seguindo os ritos muçulmanos, informaram fontes oficiais estadunidenses", em um final especial de novela de terror.

As "cuidadosas" tropas dos Estados Unidos, especializadas em todo tipo de torturas que, Bush justificou publicamente, "sepultaram" no mar a Bin Laden, cumprindo nada menos do que um "rito" muçulmano. Qualquer simples inspetor de polícia suspeitaria desse final.

O atropelo da legislação internacional no Paquistão é mais evidente e responde àquele anúncio apocalíptico de George W. Bush, em 2001, onde declarava ao mundo unilateralmente a "guerra preventiva, sem final e sem fronteiras", anulando, em sua perspectiva -hoje resgatada por Obama- a soberania de todos os países do mundo.

Foi dito que Bin Laden resistiu ao ataque durante uma hora antes de ser abatido pelas forças de elite estadunidenses e, segundo informou a cadeia CNN, a "missão do comando era a de matar ao líder de Al Qaeda e não de prede-lo" (Telam 2/5/11). Por seu lado, a Comissão Europeia (CE) considerou que sua posição "favorável" à morte de Osama Bin Laden pelas forças estadunidenses "não contradiz os valores e princípios da União Europeia (EU), que advoga pela liberdade, pela democracia e pelo fim da pena de morte em âmbito mundial".

E continua, "não é a execução de uma sentença de morte. Continuaremos contra a pena de morte no futuro", como declarou a porta voz comunitária, Pia Ahrenkelde, ao ser interrogada a respeito em conferência de imprensa, segundo um cabo da agência mexicana Notimex (2/5/11).

Porém, por suposto, alinhada, quase colonizadamente, com Washington, a CE rematava que "sem dúvida, sua morte está dentro do contexto dos esforços globais para erradicar o terrorismo" e sua porta voz considerou que isso "faz com que o mundo em que vivemos seja mais seguro, apesar de que não significa no fim do terrorismo".

Esqueceu de mencionar também que em outro lugar chamado Líbia, haviam sido mortos um filho e os netos de um governante e a centenas de pessoas mediante bombardeios absolutamente ilegais, porque a missão da ONU, também ilegal porque foi atuar sem esperar os relatórios da situação e sem analisar a presença de estrangeiros em território líbio, era "a exclusão aérea" para evitar bombardeios que atingiam à população civil".

Me atreveria a assegurar que ninguém sabe ao certo que o cadáver com um disparo na cabeça que deforma os traços ao ponto de torná-los irreconhecíveis seja de Bin Laden. E se o atiraram ao mar, será impossível sabê-lo.

Como têm mentido constantemente, inclusive com a verdadeira gênese da queda das Torres Gêmeas, em setembro de 2001, temos todo o direito de colocar em dúvida, mesmo que Washington diga que o DNA certificou que é Bin Laden.

Mentiram descaradamente para invadir e ocupar o Iraque; mentiram da mesma maneira sobre a suposta grande rebelião popular contra Muammar El Khadafi, na Líbia, já que em seguida, por confissão própria de Obama e de acordo com The New York Times, agentes da CIA foram deslocados no final de 2010 na Líbia "para contatar aos (supostos) rebeldes e guiar os ataques da coalizão" (30/3/11). De acordo com o diário "os membros da central de inteligência estadunidense haviam sido transportados há várias semanas ‘em pequenos grupos' em terras líbias, com a missão de estabelecer ‘contato' com os rebeldes e determinar ‘alvos' das operações militares". Dezenas de membros das forças especiais britânicas e de agentes de espionagem M16 trabalham na Líbia", informa o diário, recolhendo informação sobre as posições e movimentos das forças leais a Gaddafi". Agrega que "os empregados da CIA são um número não conhecido de funcionários estadunidenses do serviço secreto que trabalham em Trípoli ou chegaram recentemente", cita um artigo de Patria Grande, tomando como fonte ao The New York Times (socialista@yahoogroups.com, 3 março de 2011).

A novela de terror da "guerra antiterrorista", cujo mando está em mãos dos maiores terroristas que a humanidade conhece, sem freios, sem respeito nenhum aos direitos humanos estabelecidos, que acabaram com a credibilidade que alguma vez tiveram as Nações Unidas, ao mesmo tempo em que perpetraram com argumentos falsos o primeiro genocídio do Século XXI -mais de um milhão de mortos em condições atrozes no Iraque e no Afeganistão, que ninguém julga-, continua crescendo a cada dia.

Nunca tão similar essa doutrina do império às "fronteiras seguras", por meio das quais Adolfo Hitler ameaçava a uma boa parte do mundo, desconhecendo soberanias e direitos internacionais. Novamente estamos ante uma enorme operação publicitária de Washington na que os Estados Unidos tentam conseguir que a atenção pública se desloque de sua brutal e recente operação na Líbia, matando crianças.

Para isso, nada melhor do que colocar em cena, da mesma maneira que Hitler em pleno auge do nazismo, quando convocava ao povo alemão, submisso à sinistra desinformação, planejada como uma arma de dominação e paralisação dessa população, por Joseph Goebbels, hoje multiplicado por milhares de seus imitadores, que o superaram em mãos da ditadura global da desinformação.

Por suposto, no anúncio com estrondo de que, finalmente, após 10 anos, mataram a Bin Laden, não recordaram que esse havia sido -e ninguém sabe se continuava sendo- um homem ligado à CIA, que, sob esse comando criou aos chamados "talibãs" de Al Qaeda, para combater com guerrilhas apoiadas pelos Estados Unidos aos soviéticos no Afeganistão, em tempos da Guerra Fria.

Bin Laden e sua família foram sócios de grandes negócios da família Bush e essa história foi magnificamente contada pelo cineasta estadunidense Michael Moore.

A incógnita sobre a verdade desses fatos nos acompanhará sempre ou por algum tempo, o suficiente para que seja um fato consumado a invasão de todos os países que o império deseje ocupar, sob e mandato de que "América pode fazer o que queira", mesmo que seja acabar com a humanidade.

Tuesday, May 03, 2011

Coisas da vida!


Às vezes, as correntes que nos impedem são mais mentais do que físicas.

Pense, pois muitas vezes: amarram a gente em nada e a gente acredita!!!